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Bradesco e BB discutem volta ao trabalho presencial
Sindicatos lutam por melhores condições para o retorno dos trabalhadores
O governo federal assinou portaria no dia 22 de abril determinando o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) e do Acordo Emergencial de Covid-19, que autorizava o trabalho em home office.
Bradesco e Banco do Brasil já enviaram comunicado aos trabalhadores convocando para o retorno ao presencial, inclusive dos grupos de risco. O movimento sindical está lutando por melhores condições nesse retorno, com atenção especial a quem está mais vulnerável à Covid19.
Bradesco
Os funcionários devem voltar a partir da segunda, 23/05. O banco destacou que as recomendações de prevenção contra a covid-19, como uso de máscaras, permanecem, mas não têm mais caráter obrigatório.
Os bancários com sintomas devem procurar atendimento médico e testagem, mas o trabalhador só será afastado durante o período que o médico orientar, sem fechamento da unidade para sanitização, nem afastamento sem sintomas.
A representação dos trabalhadores solicitou ao banco que verificasse os casos mais graves do grupo de risco, com maior vulnerabilidade ao vírus. O banco se comprometeu a passar esses casos para a análise da área médica.
Também começa a valer a partir do dia 23 o acordo de teletrabalho, negociado com o movimento sindical e aprovado em assembleia pelos trabalhadores do banco em setembro de 2020.
Banco do Brasil
Em reunião com o banco realizada na tarde da terça-feira (17/05), o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, deixou claro que vai querer negociar com o banco a forma de retorno ao presencial, bem como a compensação do banco de horas negativas e evitar que haja descomissionamentos em massa.
“Tínhamos acordado com o banco que não seriam realizados descomissionamentos até que se encerrasse o Estado de Emergência. Agora, queremos evitar que colegas de trabalho sejam penalizados neste período em que a covid-19 ainda não se encerrou e a economia do país está extremamente abalada, com um desemprego altíssimo e uma inflação que corrói os salários das pessoas”, explicou Fukunaga.
A secretária da Mulher e representante da Contraf-CUT nas negociações com o Banco do Brasil, Fernanda Lopes, lembrou do enorme banco de horas negativas criado devido à necessidade de afastamento devido ao problema de saúde pública. “O banco de horas de alguns, que não conseguiram trabalhar remotamente, é bastante alto e temos a preocupação de como será feita a compensação”.
Além do mais, "mesmo com a pandemia, o Banco do Brasil teve um lucro altíssimo graças, também, ao trabalho desempenhado por seus funcionários. O banco não pode sufocá-los agora com este banco de horas e muito menos tirar suas comissões”, completou a dirigente da Contraf-CUT.
Fonte: SEEB BNU e Contraf-CUT
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