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24/10/2022 15:03
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Atualização 24/10/2022 15:13
Com o apoio sindical, ex-funcionária da Caixa alcança conquista na justiça Caixa

Com o apoio sindical, ex-funcionária da Caixa alcança conquista na justiça

Neste 24 de outubro, Dia Mundial de Combate à Poliomielite, vamos conta a história da bancária aposentada Mirles Rossa Salla, que teve uma longa jornada com os bancos públicos brasileiros. Em 2008,  ela se aposentou pelo Banco do Brasil e já em 2009 passou para o concurso da Caixa Econômica Federal. Uma trajetória de muito trabalho, mas também de percalços com as instituições e colegas. 

Ela é Pessoa Com Deficiência (PCD), está acima dos 50 anos, e comentou que já ouviu comentários como “Como você se imagina daqui a 10 anos, já que está aposentada?”, de um dos chefes, e “não podemos ter dois PCD’s em uma mesma agência”, de outro gerente. 

Após adoecer de forma grave, em 2014, com quadro piorado pelo esforço repetitivo e pela ausência das pausas exigidas em lei, Mirles procurou o SEEB Blu, a Fenae e a APCEF para ter acesso a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e uma indenização por adoecimento no trabalho. 

Ela alegou jornada excessiva, muitas vezes ultrapassando o registrado  no ponto eletrônico, falta da adaptação necessária para sua condição nas agências e que as promoções nunca chegavam para ela. 

“O sindicato e a doutora Raquel foram essenciais nesse processo, tive acompanhamento e direcionamento, eu não teria conseguido sem o apoio deles”, ressaltou Mirles que ganhou a causa e garantiu pensão mensal até os 78 anos.

Ela também comentou como foi importante receber esse resultado, o reconhecimento e as horas extras.

Dia mundial de combate à poliomielite

O diagnóstico de Mirles foi de síndrome pós-poliomielite, que pode aparecer até décadas depois do paciente entrar em contato com o poliovírus. Por falar nisso, dia 24 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, o SEEB Blu reitera a importância de vacinar as crianças para evitar que a doença volte aos lares brasileiros. 

Mirles escreve carta contando sua trajetória

Meu nome é Mirles Aparecida Rossa Salla. Tenho 61 anos e resido em Rio do Sul. Hoje, 24 de Outubro, é o DIA MUNDIAL DE COMBATE À POLIOMIELITE.  Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa, aguda, que pode atingir o sistema nervoso central e destruir neurônios motores.

Em 1994, a região das Américas foi a primeira no mundo a ser certificada como livre da pólio. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa.

Atualmente, acompanho com muita angústia e tristeza aalgumas campanhas antivacinação no Brasil e em outros países. 

Aos 6 meses de idade, contraí o vírus da pólio, que deixou sequelas físicas. Aos 3 anos de idade fui submetita à primeira cirurgia, o que possibilitou-me caminhar. Entre quedas, ossos quebrados e algumas dificuldades, consegui ter uma vida pessoal e profissional quase normal, até meados de 2014. Por desinformação, tive um colapso neurológico e psicológico, causados, principalmente pelo excesso de uso de minha musculatura.

Como ocorre a destruição de neurônios motores, no contágio da pólio, os neurônios sobreviventes sobrecarregam-se e, por uso excessivo tem morte precoce. Em 2015, recebi um diagnóstico médico, de um profissional, Dr. Ari Acary Bulle de Souza, da Universidade Federal de São Paulo, onde há uma equipe especializada em acompanhamento de sequelados de poliomielite, que havia adquirido uma nova doença, chamada SINDROME PÓS POLIOMIELITE.

Esta doença atinge em torno de 70% dos sequelados de pólio, de 15 a 40 anos após o contágio. É uma doença progressiva, irreversível e limitante. Seguindo orientação médica, consigo amenizar as sequelas com diversos tratamento alternativos.

Ao receber o diagnóstico, afastei-me de minhas atividades profissionais. Minha última função foi de Caixa, na Caixa Econômica, função que permitiu o agravamento das sequelas.

Dois motivos me levam a este depoimento: Primeiro um alerta à vacinação das crianças. Não é possivel, por negligência, permitir que uma doença desta gravidade, volte a acometer inocentes! PAIS, VACINEM SEUS FILHOS! O segundo motivo é um agradecimento às nossas entidades representativas, Sindicato dos Bancários de Blumenau, com a indicação da Dra. Raquel Jachinto, APCEF Florianópolis e FENAE, em especial à Fabiana Matheus. Com o auxílio destas entidades, foi possível o reconhecimento judicial de que o esforço repetitivo, a falta de pausa e descanso durante a jornada de trabalho, contribuíram para o surgimento da Síndrome Pós Poliomielite.

Se você conhece alguém que seja sequelado de poliomielite, pesquise, informe para que busque auxílio, evitando o agravamento da doença.

Deixo meu contato, caso alguém deseje obter maiores informações a respeito: mirlessalla@bol.com.br

Fonte: Contraf Cut

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